segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A causa das coisas (II)

Nunca paramos de admirar os feitos desportivos dos grandes desportistas, seja no futebol, no golfe, no xadrez ou em qualquer outra actividade. A que se deve o seu tão elevado desempenho? Uns dirão que é o resultado da genética, ou seja uma predisposição natural para serem excelentes no que fazem. Seguramente que uma “boa” genética ajuda. Mas... se os ouvirmos falar, eles referem em primeiro lugar uma coisa mais simples: treino, muito treino.

No mundo da Ciência e da Tecnologia as coisas não são muito diferentes. A demonstração do último Teorema de Fermat (http://en.wikipedia.org/wiki/Fermat's_Last_Theorem) por Andrew Wiles no final do século passado mostra um cientista que durante cerca de 8 anos se dedicou à sua demonstração.Uma tarefa que muitos (todos, menos ele?) julgavam impossível. E conseguiu. Steve Jobs foi conhecido pela forma como nunca desistia de tornar possível um novo artefacto, que muitos (todos, menos ele?) julgavam impossível, fosse ele um iPhone ou um Mac Book Air. E conseguiu.

Dedicação, trabalho árduo são as chaves para o sucesso. Há muitos anos, quando assistia em Paris a uma conferência por um dos pais fundadores da Inteligência Artificial, Marvin Minsky, ele começou a palestra dizendo: “Somos todos Einsteins”. Não é verdade, todos o sabemos. Mas o que é verdade, como disse um dia Lou Reed, ontem falecido, independentemente do nosso ponto de partida, “se praticares uma coisa, uma, outra e outra vez, é suposto ires melhorando.”

Programar não é uma actividade contemplativa.

Take a walk on the wild side!

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